domingo, 15 de fevereiro de 2009

Passei da idade de assistir filme triste ...

Se me disponho a sair de casa, num domingo à tarde, para assistir um filme tipo história de amor, ainda mais com personagens pra lá da meia-idade, só faço isso apostando em finais felizes. Fui incauta, não pesquisei o suficiente e cai na armadilha de sair com os olhos cheios de lágrimas de um filme bem mais ou menos, o Noites de Tormenta. Que ódio!

Quando minha filha tinha 13 anos também odiava filmes tristes. Em janeiro de 1998, estávamos em Florença e pegamos um táxi para assistir, num cinema um pouco longe do centro, o sucesso do momento, Titanic. Ao final do filme, ela e Beatriz, a de Paoli, estavam aos prantos. Bebel virou-se para mim e disse: "Se eu soubesse que ia assistir o Leonardo di Caprio morrer, nem teria perdido tempo com esse filme!!! Pois é, hoje fiquei com uma raiva danada de ter ido ao cinema. Histórias de amor sem finais felizes, só as da vida real!

Minha mãe tinha duas máximas que se não me faziam sentido, hoje as entendo perfeitamente. Uma era: "Pagar para sofrer, que desperdício!", referindo-se à nenhuma disposição que tinha para filmes tristes ou para entrar em brinquedos do tipo montanha russa, em parques de diversões. Outra era: "De amargo, basta o da vida", para explicar porque não comia de jeito nenhum jiló. Eu odeio montanha russa, mas como jiló que vai muito bem com carnes temperadas. Pois, sabendo combinar, nem tudo que é amargo é ruim. Mas outro filme triste, nem pensar!!!

Clara Favilla
05/10/2008

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