domingo, 15 de fevereiro de 2009

Um enoormeeeeee restaurante nordestino em Brasília...

Sábado, 29/11/2008


Eu e Thiago resolvemos aproveitar a hora do almoço para passear. Pensamos ir ao Beirute. Mas, pra falar a verdade, ir ao Beirute não é exatamente passear. É como se continuássemos em casa.

Saímos assim sem destino e quando passamos pela ponte avistamos o Mangai, o restaurante de comidas nordestinas, inaugurado há alguns meses que ainda não conhecíamos. Foi bom porque pude ver a Ponte JK de um lado diferente do habitual, o que dá realmente a sensação de que se está passeando.

Ops! as vaquinhas são de mentirinha, tá?

O restaurante parece, de fora, uma grande churrascaria de beira de estrada. Tem um grande estacionamento. E a ideía de beira estrada se acentua quando você ganha cartões eletrônicos individuais para anotação do consumo.

São centenas de mesas na varanda, dentro e na área climatizada para a qual a recepcionista maluca insistia em nos empurrar. Eu mesma arrumei uma mesa para nós em um lugar que considerei privilegiado, perto de uma grande janela que se descortinava para o Lago e que, certament, ela queria reservar
sei lá pra quem. Acho que a ordem é: "Empurre quem vai chegando para o fundo até lotá-lo".

Meu pratinho...Será que aí tem mesmo meio quilo de comida? Fiquei na dúvida!!!
O Thiago disse que no dele as 500 e mais um pouquinho gramas estavam certos

O restaurante é self-service, no peso. Juro que eu não comi 500 gramas, mas foi isso o registrado. Acho que o quilo é R$ 40 porque o que eu peguei, quase tudo à base de carne seca que eu adoro, deu R$ 20 e alguns centavos. No final, contando todos os etcéteras, mais o dez por cento deu quase R$ 90 reais (duas pessoas). Quer dizer não é um restaurante que se possa se chamar de baratinho.

Gostei, apesar da comida ser bastante estilizada. Por exemplo, o baião-de-dois estava muito cremoso, no ponto de um risoto, quando se sabe que nas casas nordestinas, onde é muito bem feito, não é assim. Prefiro o da Dona Francisca, a mãe do Zé Romildo que me ensinou a comer temperos como o coentro.
Uma mandala gigante de bonequinhos de pano enfeita uma das paredes
Clique na foto para ampliá-la

Dei uma olhada no restaurante e me senti "estrangeira". Realmente, 99% das pessoas eram dos mais variados estados do Nordeste. Os sotaques mais ouvidos era os pernambucanos, piauiense e maranhense. Digo isso porque sou apreciadora dos falares nordestinos e sei apontar de que estados são. Muitos paraibanos também. Aliás, o restaurante que pretende refletir o que acontece numa Feira de Mangaio, onde tem de tudo um pouco a preços convidativos, nasceu em João Pessoa para depois se expandir. São quatro já. Lembro-me que o garçom me disse que tem também no Recife e Campina Grande, se não me engano. São quatro e o de Brasília é o maior.

Grupo comemorando aniversário com direito a Parabéns a você!

Como é um restaurante para se ir com família e já tem nordestinos aqui em Brasília tão enraizados que os fillhos querem mesmo é bife com batata frita ou lazanha, também são oferecidos tais pratos.

As sobremesas são um caso à parte. Havia uma fila imensa para a deliciosa cartola: queijo coalho, banana e açúcar, tudo frito. Adoro. Mas o Thiago quem foi buscar a sobremesa e trouxe coisas que podiam ser obtidas sem se entrar na fila, como pavê de chocolate, pavê de morango, brownie (muito bom) que comi tomando um expresso super forte.

Rapaduras das boas

Aliás tem um monte de produtos que se pode comprar, incluindo aquelas rapaduras, tipo pedra, meio esverdeada,
que a gente fica roendo, boa demais! Pra vocês verem que sou uma daquelas mineiras mais nordestinas de Brasília. Não passo sem tapioca. Oh Deus! Não vi tapiocas! Pecado mortal.

Pode-se comprar também pão de mandioca, assado em formas altas, tipo bolo. Comprei um pelo preço bastante salgado de R$ 15 . Infelizmente não possso recomendá-lo a vocês porque esqueci a janela do carro aberta e uma das minhas cachorras entrou... Adeus pão...

Clara Favilla
Domingo, 30 de novembro de 2008

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