domingo, 15 de fevereiro de 2009

Dante? Não, Virgílio!!!

Hoje foi um dia especial para a família Favilla.
Por obra e graça da minha filha Isabel que está em São Paulo reunindo documentação para solicitar a cidadania italiana, resolvemos um enigma que se arrasta por mais de cinco anos. Não achávamos a certidão de nascimento de nosso avô paterno Dante porque simplesmente ele foi registrado... pasmem!!! como Virgílio. Sim, o grande Virgílio, que precedeu Dante Alighieri nas profundezas da uma das grandes humanas artes, a literatura.

Ainda não recuperada da descoberta, num comércio de Ouro Fino, encontro-me por acaso com duas primas de meu pai, a Ana Maria e a Marlene, e descubro que o pai delas não se chamava oficialmente João, mas Rômulo, e que uma das tias, Ofélia, chama-se, na verdade Arimenis!!!

Trata-se de uma longa história. Meu bisavô Anibal nunca conseguia se entender com a minha bisavó Cecília, mais precisamente Cesira, sobre o nome que dariam aos filhos. Assim, ele cedia em casa para evitar maiores brigas, mas quando chegava ao cartório dava o nome que queria, e não contava pra ninguém. Aí o pimpolho ficava com dois nomes, um oficial e o afetivo, dado pela mãe que se negava a chamar o filho pelo nome de registro.

A história do meu avô Dante é ainda mais complicada porque ele se mudou para Ouro Fino com a família ainda garoto e aqui tirou documentos como carteira de identidade e título de eleitor com o nome que era chamado pela mãe. Não está ainda claro sequer se ele sabia que se chamava oficialmente Virgílio porque isso nunca foi aventado nas histórias da família. O que era muito conhecido é essa mania do meu avô registrar o filhos com nomes que lhe davam na cabeça. E chegou a impor isso a muito dos netos. Queria, por exemplo, que meu pai chamasse Armênio. Mas a minha Vó Quinha era osso duro de roer e prevaleceu, tanto em documento como em família o nome Dário, do qual eu, particularmente, gosto muito.

Clara Favilla
Quarta-feira, 30 de julho de 2008

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